Algumas considerações iniciais

Tentarei manter uma regularidade nas postagens, mas não combinarei prazos. Por ser uma das válvulas de escapes utilizadas por mim, deixarei que este blog seja alimentado de acordo com a inspiração, e não com o calendário.

Gosto dos comentários. Não são, para mim, apenas um sinal de popularidade, como a maioria dos blogs que vejo. Eles têm um significado maior, que é o de saber como as pessoas que aqui estão pensam sobre os assuntos que comento. Portanto, fique à vontade para escrever. Na medida do possível, responderei a cada um deles.

sábado, 12 de janeiro de 2013

DOIS OUVIDOS, UMA BOCA




É de bom grado prestar atenção nos chamados ditados populares, aquelas frases que nossos avós e pais costumam soltar diante de uma situação mais crítica ou mesmo como uma forma de estimular uma reflexão. Geralmente estas frases entram e saem da cabeça na mesma velocidade, quase nunca provocam a tal reflexão pretendida. E desconfio que em muitos casos elas também sejam ditas da boca para fora, não se faz uma análise de qual mensagem elas trazem consigo.

Um destes provérbios que escutamos por ai é o famoso “Você tem uma boca e dois ouvidos. Use-os nesta proporção.” Não, caro amigo, não vou tratar aqui de pessoas fofoqueiras ou daquelas que falam sem moderação. Aqui o foco são aquelas pessoas que não conseguem guardar uma informação, que repassam segredos importantes, que não conseguem deixar a língua dentro da boca. Esse tipo de pessoa prejudica relações, pessoas, empresas, trabalhos. E, por incrível que pareça, elas acreditam que estão fazendo o certo e criticam quem age em desconformidade com seus princípios.

É normal que as pessoas gostem de contar as novidades, que sintam prazer em mostrar o quanto a vida está boa. Mas é preciso, necessariamente, que todas, absolutamente todas as informações pessoas sejam transmitidas? Penso que não. Não é preciso falar o cardápio que comeu ontem, não tem que dizer para onde foi e com quem foi a todo o momento, uma briguinha sem propósito também não deveria sair daquele ambiente. Esse relatório não é exigido, as pessoas passam porque querem passar, mas não enxergam o quanto isso atinge outras pessoas que estiveram envolvidas na história, pessoas que tiveram seus nomes divulgas sem a devida autorização

Saber o que falar, quando falar, para quem falar, é extremamente importante. Em muitos casos uma simples informação, um simples relato, vai virar uma fofoca, vai se deturpar, vai trazer prejuízos, gerar inimizades. Há coisas que devem ficar onde aconteceram, apenas com as pessoas que vivenciaram aquilo. Papinho atravessado é chato, ruim, na maioria dos casos cria situações muito maiores do que elas realmente são, por isso é melhor evita-lo. Gosto de uma citação utilizada por uma amiga, da autoria de Dick Corrigan (perdoem-me caso não seja a autoria real!): “Pessoas brilhantes falam sobre ideias. Pessoas medíocres falam sobre coisas. Pessoas pequenas falam sobre outras pessoas”.

É isso.


2 comentários:

Mulher na Polícia disse...

"Peixe morre pela boca"

ou

"Quem fala demais dá bom dia a cavalo"

: )

Beijo, Vitão...

Victor Rosa disse...

É por aí, Novinha.... menos é mais nesse caso!
Beijos! Apareça sempre!