É de bom grado prestar atenção
nos chamados ditados populares, aquelas frases que nossos avós e pais costumam
soltar diante de uma situação mais crítica ou mesmo como uma forma de estimular
uma reflexão. Geralmente estas frases entram e saem da cabeça na mesma
velocidade, quase nunca provocam a tal reflexão pretendida. E desconfio que em
muitos casos elas também sejam ditas da boca para fora, não se faz uma análise
de qual mensagem elas trazem consigo.
Um destes provérbios que escutamos
por ai é o famoso “Você tem uma boca e dois ouvidos. Use-os
nesta proporção.” Não, caro amigo, não vou tratar aqui de pessoas fofoqueiras
ou daquelas que falam sem moderação. Aqui o foco são aquelas pessoas que não
conseguem guardar uma informação, que repassam segredos importantes, que não
conseguem deixar a língua dentro da boca. Esse tipo de pessoa prejudica
relações, pessoas, empresas, trabalhos. E, por incrível que pareça, elas
acreditam que estão fazendo o certo e criticam quem age em desconformidade com
seus princípios.
É normal que as pessoas gostem de
contar as novidades, que sintam prazer em mostrar o quanto a vida está boa. Mas
é preciso, necessariamente, que todas, absolutamente todas as informações
pessoas sejam transmitidas? Penso que não. Não é preciso falar o cardápio que
comeu ontem, não tem que dizer para onde foi e com quem foi a todo o momento,
uma briguinha sem propósito também não deveria sair daquele ambiente. Esse
relatório não é exigido, as pessoas passam porque querem passar, mas não
enxergam o quanto isso atinge outras pessoas que estiveram envolvidas na
história, pessoas que tiveram seus nomes divulgas sem a devida autorização
Saber o que falar, quando falar,
para quem falar, é extremamente importante. Em muitos casos uma simples
informação, um simples relato, vai virar uma fofoca, vai se deturpar, vai
trazer prejuízos, gerar inimizades. Há coisas que devem ficar onde aconteceram,
apenas com as pessoas que vivenciaram aquilo. Papinho atravessado é chato,
ruim, na maioria dos casos cria situações muito maiores do que elas realmente
são, por isso é melhor evita-lo. Gosto de uma citação utilizada por uma amiga,
da autoria de Dick Corrigan
(perdoem-me caso não seja a autoria real!): “Pessoas brilhantes falam sobre ideias. Pessoas medíocres falam
sobre coisas. Pessoas pequenas falam sobre outras pessoas”.
É isso.
2 comentários:
"Peixe morre pela boca"
ou
"Quem fala demais dá bom dia a cavalo"
: )
Beijo, Vitão...
É por aí, Novinha.... menos é mais nesse caso!
Beijos! Apareça sempre!
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