Algumas considerações iniciais

Tentarei manter uma regularidade nas postagens, mas não combinarei prazos. Por ser uma das válvulas de escapes utilizadas por mim, deixarei que este blog seja alimentado de acordo com a inspiração, e não com o calendário.

Gosto dos comentários. Não são, para mim, apenas um sinal de popularidade, como a maioria dos blogs que vejo. Eles têm um significado maior, que é o de saber como as pessoas que aqui estão pensam sobre os assuntos que comento. Portanto, fique à vontade para escrever. Na medida do possível, responderei a cada um deles.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

MENOS “TWITTAR”, MAIS “TU TÁ AÍ?”




Em tempos de redes sociais, temos mais “amigos” em alguns meses do que os amigos acumulados ao longo da vida. Basta criar uma conta, sair adicionando e ser adicionado, para ter uma grade de amizade imensa, com pessoas já conhecidas e com outras que se conhece por afinidade, por interesse em alguma área em comum. Vive-se, atualmente, uma vida online, com as pessoas perto fisicamente, mas centradas em seus equipamentos ligados à rede, interagindo, sendo altamente sociáveis, informando praticamente tudo o que estão fazendo, mas se esquecendo de que logo ali, a pouquíssimos metros, há um ser real, tangível, do jeito que é e não do jeito que ele gostaria de ser. Não é apenas um perfil criado com cuidado, que exalta apenas as qualidades, um perfil sem defeitos.

Albert Einstein profetizou, certa vez: "Temo o dia em que a tecnologia se sobreponha à nossa humanidade. O mundo só terá uma geração de idiotas”. E não é mesmo que nosso camarada tinha razão? Basta dar uma volta em um shopping ou até mesmo em um bar. Quantas e quantas pessoas estarão ostentando seus celulares, focadas neles. Acho engraçado ver em uma mesa de bar três ou quatro pessoas, todas elas com seus aparelhos em punho, digitando e postando fotos do local, como se estivessem na maior diversão do mundo, ao passo que tiveram que recorrer à tecnologia para aliviar o tédio e até mesmo a falta de assunto, a falta de costume de estar com as pessoas no mundo real.

Não caro amigo, não sou contra estar conectado, ter um perfil em redes sociais. O que acontece é que, como em diversas outras áreas da vida, as pessoas não conseguem ponderar, se jogam integralmente em determinada situação e deixam as outras de lado. Pode atualizar sim seu perfil, postar sua foto com a galera, postar a foto daquele local bonito que você visitou. Mas precisa ficar fazendo isso justamente no momento em que está acontecendo? Precisa tirar foto de tudo o que faz sempre? Que tal trocar a foto da garrafa de cerveja geladíssima por uma introdução a um assunto bacana? Que tal deixar a postagem de onde está de lado e trocá-la por uma boa olhada ao redor, por uma aproximação, pelo início de uma nova amizade real?

Ter muitos amigos nas redes não significa nada se os amigos que você realmente quer por perto estão distantes. Não adianta achar aquele amigo que não se via há 20 anos se quando houver uma oportunidade de falar pessoalmente o papo não fluir, ou pior, se nunca mais, apesar de você “vê-lo” todo dia, vocês se encontrarem no mundo real, offline. Fica uma amizade superficial, com a sensação de estar sabendo tudo o que ele faz e ao mesmo tempo não saber nada. Conhecimento superficial, só das coisas boas – isso definitivamente não é amizade.

Dê valor aos amigos que estão próximos, principalmente aos que te acompanham desde a juventude. Não há nada que pague o tempo que se pode passar junto a eles, relembrando histórias, tirando sarro um do outro, vendo como o tempo passou e a sintonia continua a mesma. Quando estiver próximo, desconecte-se e vá se encontrar com quem pode curtir muito mais sua vida do que uma simples apertada de botão.

É isso. 

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