Algumas considerações iniciais

Tentarei manter uma regularidade nas postagens, mas não combinarei prazos. Por ser uma das válvulas de escapes utilizadas por mim, deixarei que este blog seja alimentado de acordo com a inspiração, e não com o calendário.

Gosto dos comentários. Não são, para mim, apenas um sinal de popularidade, como a maioria dos blogs que vejo. Eles têm um significado maior, que é o de saber como as pessoas que aqui estão pensam sobre os assuntos que comento. Portanto, fique à vontade para escrever. Na medida do possível, responderei a cada um deles.

sábado, 16 de março de 2013

AFRODISÍACO




Um belo bumbum chama a atenção. Um par de seios atrai o olhar. Pernocas de fora causam pequenos traumas ortopédicos nos pescoços alheios. Quanto menos roupas, mais “fiu-fius” nas ruas. Lindo, lindo, lindo! Quem não admira mulher assim? Que homem (dos que gostam, lógico) não se encanta com mulheres lindas, vestidas “para matar”?  

Sim, mas e aí? É o que basta para dar tesão? Pode ser. Para uma ou algumas saídas, para um tempo, para uns encontros, claro que é. Mas passa disso? Depende. Caso a gostosura da introdução deste texto se resuma a apenas isso, vai depender muito. Se o camarada tiver os mesmos interesses que ela, der mais valor ao ter do que ao ser, preocupar-se mais com o tamanho do braço do que com as razões de sua existência, aí tudo tende a fluir bem. Mas caso haja um mínimo de senso crítico, aí, caro amigo, o caldo engrossa.

Há aqueles que gostam das gostosonas. Há quem goste de gordinhas, das novinhas, das com cara de nerd, das loiras, das mulatas. Há gosto para tudo, para todos. E há aqueles que gostam de conversar. Não uma conversa de balada, não uma conversa de chavões, de cantadas apenas, de pequenas mentiras que garantirão um fim de noite bem sucedido. Nada mais excitante, mais atraente do que uma boa conversa, uma conversa que causa interesse de ambas as partes, que provoca uma sensação de querer mais e mais, querer estar perto para saber tudo em tão pouco tempo.

Inteligência é, de fato, um afrodisíaco. Não creio que esse tempero da excitação esteja cravado em um diploma. A inteligência que seduz não se aprende nos bancos das universidades.  A inteligência que seduz é a do não conformismo, a do questionamento. É aquela mínima vontade de entender o sentido das coisas, das ações. É aquela que motiva reações, críticas. É ela que intriga, que faz não compreender num primeiro instante, que motiva a investigação, que instiga o aprofundamento. É ela, no final das contas, que traz o gosto de querer mais.

Malhar o corpo é ótimo. Faz bem para a saúde, bem para a autoestima, para a alma. Trabalhar as percepções, o senso de ser e estar, é fundamental. Nosso corpo um dia se amolda, nossa mente extrapola qualquer limite imposto. Busque o além do usual, questione, pense que aquilo posto pode não ser exatamente o que se prega ser. Um passo além do senso comum pode significar uma nova descoberta, mesmo que não seja digna de um Prêmio Nobel, mas que talvez altere o curso de uma importante vida -  a sua!

É isso.  

Obs: recebi, dia desses, de uma amiga, uma frase bem interessante, para os que gostam de escrever. Eis o teor: “escrever é feito caridade, faz bem ao destinatário e sobremaneira a seu autor.”

Boa música para encerrar. "O quereres", com Caetano e Chico. 




2 comentários:

Anônimo disse...

Pois bem,
você escreve divinamente, é uma honra ter como escritor e ler bons textos...

Conversar com pessoas alienadas e que não se interessam por novos assuntos não é nada anafrodisíaco.

Victor Rosa disse...

Olá Anônimo...

Valeu pelo comentário... cada um se empolga por uma coisa, não é mesmo?

volte sempre...