Um belo bumbum chama a
atenção. Um par de seios atrai o olhar. Pernocas de fora causam pequenos traumas
ortopédicos nos pescoços alheios. Quanto menos roupas, mais “fiu-fius” nas
ruas. Lindo, lindo, lindo! Quem não admira mulher assim? Que homem (dos que
gostam, lógico) não se encanta com mulheres lindas, vestidas “para matar”?
Sim, mas e aí? É o que basta
para dar tesão? Pode ser. Para uma ou algumas saídas, para um tempo, para uns
encontros, claro que é. Mas passa disso? Depende. Caso a gostosura da
introdução deste texto se resuma a apenas isso, vai depender muito. Se o camarada tiver os
mesmos interesses que ela, der mais valor ao ter do que ao ser, preocupar-se
mais com o tamanho do braço do que com as razões de sua existência, aí tudo
tende a fluir bem. Mas caso haja um mínimo de senso crítico, aí, caro amigo, o
caldo engrossa.
Há aqueles que gostam das
gostosonas. Há quem goste de gordinhas, das novinhas, das com cara de nerd, das loiras, das mulatas. Há gosto
para tudo, para todos. E há aqueles que gostam de conversar. Não uma conversa
de balada, não uma conversa de chavões, de cantadas apenas, de pequenas
mentiras que garantirão um fim de noite bem sucedido. Nada mais excitante, mais
atraente do que uma boa conversa, uma conversa que causa interesse de ambas as
partes, que provoca uma sensação de querer mais e mais, querer estar perto para
saber tudo em tão pouco tempo.
Inteligência é, de fato, um afrodisíaco.
Não creio que esse tempero da excitação esteja cravado em um diploma. A
inteligência que seduz não se aprende nos bancos das universidades. A inteligência que seduz é a do não
conformismo, a do questionamento. É aquela mínima vontade de entender o sentido
das coisas, das ações. É aquela que motiva reações, críticas. É ela que
intriga, que faz não compreender num primeiro instante, que motiva a
investigação, que instiga o aprofundamento. É ela, no final das contas, que
traz o gosto de querer mais.
Malhar o corpo é ótimo. Faz
bem para a saúde, bem para a autoestima, para a alma. Trabalhar as percepções,
o senso de ser e estar, é fundamental. Nosso corpo um dia se amolda, nossa
mente extrapola qualquer limite imposto. Busque o além do usual, questione,
pense que aquilo posto pode não ser exatamente o que se prega ser. Um passo
além do senso comum pode significar uma nova descoberta, mesmo que não seja
digna de um Prêmio Nobel, mas que talvez altere o curso de uma importante vida
- a sua!
É
isso.
Obs: recebi, dia desses, de
uma amiga, uma frase bem interessante, para os que gostam de escrever. Eis o
teor: “escrever é feito caridade, faz bem ao destinatário e sobremaneira a seu
autor.”
Boa música para encerrar. "O quereres", com Caetano e Chico.
Boa música para encerrar. "O quereres", com Caetano e Chico.
2 comentários:
Pois bem,
você escreve divinamente, é uma honra ter como escritor e ler bons textos...
Conversar com pessoas alienadas e que não se interessam por novos assuntos não é nada anafrodisíaco.
Olá Anônimo...
Valeu pelo comentário... cada um se empolga por uma coisa, não é mesmo?
volte sempre...
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