Algumas considerações iniciais

Tentarei manter uma regularidade nas postagens, mas não combinarei prazos. Por ser uma das válvulas de escapes utilizadas por mim, deixarei que este blog seja alimentado de acordo com a inspiração, e não com o calendário.

Gosto dos comentários. Não são, para mim, apenas um sinal de popularidade, como a maioria dos blogs que vejo. Eles têm um significado maior, que é o de saber como as pessoas que aqui estão pensam sobre os assuntos que comento. Portanto, fique à vontade para escrever. Na medida do possível, responderei a cada um deles.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

CAMINHANDO PARA A MORTE



Lá está você, caminhando, soberano, senhor de suas razões, pensando apenas no próprio umbigo, quando, de repente, bum! Tudo vai pelos ares. Não tem mais carro, não tem mais imóvel, não tem mais dinheiro, não tem mais contas. E também não tem mais o eu te amo. E nem o amo você. O me perdoe ficou pelo caminho junto com tudo isso. Aquele abraço gostoso, aquela companhia, o beijo da mãe, a atenção do pai, a bronca nos filhos, tudo fica pelo caminho.

Episódios como o que aconteceu no Rio de Janeiro, com um restaurante explodindo e matando pessoas, faz pensar neste tipo de coisa. Como somos frágeis! Que raça é essa que se considera superior, mas que se corta com um pedaço de papel? Que raça é essa que passa a vida buscando dinheiro, poder, status, mas que paga pela atenção e pelo cuidado quando fica velha?

Quais as coisas você faria se tivesse oportunidade agora? Esse tipo de pergunta geralmente é respondida com questões materiais, com aquisições que não temos oportunidade no momento. Quase ninguém responde que queria estar ao lado de quem ama, de fazer as pazes com aquela pessoa que deixamos pelo caminho por orgulho de não pedir desculpas.

Sua conta pode ser paga amanhã. Você não morrerá se seu carro não for aquele modelo caro e chamativo. Sua TV de última geração não sabe quem é você. Mas seu amigo está lá, seus pais também, a pessoa que você ama, todos estão lá, mas estão até agora. Podem não estar mais em minutos. Ou você mesmo pode não estar. Aí o carro ficou na garagem, a TV linda na sala, e os sentimentos ficarão no ar, intangíveis. Vai sobrar a saudade, o arrependimento por não ter dito, por não ter sentido, por não demonstrar. E isso, caro amigo, não tem dinheiro que pague.

Não espere, como se espera a fatura de um cartão de crédito, para ser feliz e fazer feliz. Não coloque como prioridade de sua vida a aquisição, o acúmulo, os bens. Não espere sua felicidade como se espera por um salário. A passagem por esta vida é tão curtinha, temos tão pouco tempo! Acumule boas lembranças, guarde sentimentos (e compartilhe também, claro!), traga as pessoas de bem para perto de você. Viva, experimente, busque sua essência, entenda os sentimentos alheios. A qualquer momento tudo isso pode não mais ser possível.

É isso.  

5 comentários:

Lílian Rodrigues disse...

Viver a vida, hasta la victoria siempre!!! Parabéns, lindo texto! Bjos

Victor Rosa disse...

Oi Lílian!

Muito obrigado pela visita. Fico feliz quando você aparece por aqui...

Beijos!!!

Marina disse...

Nossa, que texto maravilhoso! Tudo que mais queria era poder estar com a pessoa que mais amo neste momento, dizer o quanto o amo.
Temos que aproveitar todo o nosso tempo para não haver arrependimentos.
Não quero perder quem amo.

Vou dar uma olhada nos textos anteriores.

Mulher na Polícia disse...

Êêêêhhh!

A inspiração aqui voltou com força total, né Vitão...

: )

ÓTIMO!
: )

Doutor Lázaro disse...

Olá Vitão, muito legal o seu blog, reflexivo e ao mesmo tempo poético

Foi publicado no site da COBRAPOL (confederação brasileira dos policiais civis) o meu artigo da teoria da policia judicial. qualquer coisa dá uma olhada lá. Abraços

http://www.cobrapol.org.br/