Muitas vezes queremos expressar algum sentimento, alguma opinião em relação a determinados assuntos. A possibilidade de escrever e montar um registro público destas manifestações me agrada. Farei aqui um espaço para falar, conversar, debater, me expressar.
Algumas considerações iniciais
Tentarei manter uma regularidade nas postagens, mas não combinarei prazos. Por ser uma das válvulas de escapes utilizadas por mim, deixarei que este blog seja alimentado de acordo com a inspiração, e não com o calendário.
Gosto dos comentários. Não são, para mim, apenas um sinal de popularidade, como a maioria dos blogs que vejo. Eles têm um significado maior, que é o de saber como as pessoas que aqui estão pensam sobre os assuntos que comento. Portanto, fique à vontade para escrever. Na medida do possível, responderei a cada um deles.
Gosto dos comentários. Não são, para mim, apenas um sinal de popularidade, como a maioria dos blogs que vejo. Eles têm um significado maior, que é o de saber como as pessoas que aqui estão pensam sobre os assuntos que comento. Portanto, fique à vontade para escrever. Na medida do possível, responderei a cada um deles.
sexta-feira, 21 de novembro de 2014
quinta-feira, 13 de novembro de 2014
DISSIMULADO
Finjo que tudo vai bem
Enquanto tento enquadrar
Coisas fora do lugar
Coisas que nem sempre vêm
Coisas de machucar
Busco o que já não foi
Se é que não sou
O que passou, o que viveu
O o que sinto ou que estou
Ou que sinto, o que doeu
A história será relato
De todo tudo, de todo ato
Que o que é, quiçá ingrato
Ou, quem vê, prazer barato
Martelo bate, fato.
quarta-feira, 5 de novembro de 2014
O BALÃO
Supermercado grande, novembro
de 2014, um pai, uma filha, um balão da Peppa Pig, um telhado.
Era final de tarde comum,
final de domingo. O pai e a filha na fila do caixa, a menina com um pequeno
balão, daqueles inflados com gás hélio, todo colorido, da personagem infantil
Peppa Pig. Tudo muito comum, muito lindo também, até que, ao ver que a fila
andou, a menina puxa a cordinha do balão com um pouco mais de força. A frágil
cordinha se rompe, ficando presa apenas no punho da criança, enquanto o balão sobe
lentamente, cerca de 5 metros, parando no telhado do supermercado.
De pronto a mocinha encheu
os olhinhos de lágrimas, mas segurou o choro com firmeza. O pai, inicialmente,
olhou com ar austero, mas viu que a culpa não foi de sua filha. Olhando para o
alto e vendo lá seu balão, ainda com os olhinhos tristes, marejados, a pequena, com a
maestria que ainda não sabe que possui, solta:
-Papai, o bom é que o
telhado ficou mais lindo com o meu balão!
Ora, ora, ora! Uma pequena,
do alto de sua inocência, demonstrando uma sabedoria que deveria ser nosso
mantra de todos os dias: buscar o bom quando algo de mau ocorre.
Passamos grande parte de
nossa vida vendo as coisas pelo lado ruim, pelo lado do azar. Culpamos o
destino, o colega ao lado, os parentes, a chuva, o sol. Deixamos de lado a
parte que, na maioria dos casos, é responsável por tudo isso: nós mesmos.
Esquecemos de agir ao invés de apenas reclamar. Negligenciamos que essa quantidade de
energia negativa, esse pensamento pessimistas, não traz, independente do credo,
coisas boas.
Busquemos o telhado lindo
sempre. Há de ter alguma coisa boa em praticamente tudo. Encher os olhos de
lágrimas, derramá-las, faz parte do processo, claro! Mas que se olhe para cima,
perceba que na ausência do telhado o balão sumiria de vista, se perderia no
mundo, e nunca mais poderia ser apreciado por ninguém. Que haja sempre telhados
para amparar as coisas ruins, colocar limite nelas, para que nosso sofrimento
seja passageiro, momentâneo, amenizável.
É
isso.
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