Muitas vezes queremos expressar algum sentimento, alguma opinião em relação a determinados assuntos. A possibilidade de escrever e montar um registro público destas manifestações me agrada. Farei aqui um espaço para falar, conversar, debater, me expressar.
Algumas considerações iniciais
Gosto dos comentários. Não são, para mim, apenas um sinal de popularidade, como a maioria dos blogs que vejo. Eles têm um significado maior, que é o de saber como as pessoas que aqui estão pensam sobre os assuntos que comento. Portanto, fique à vontade para escrever. Na medida do possível, responderei a cada um deles.
terça-feira, 30 de novembro de 2010
COMPRE DROGA, LEVE CARRO QUEIMADO DE BRINDE
domingo, 14 de novembro de 2010
Sobre Dilma, violência e liberdade
Eis mais uma página da história que vivo, ou melhor, vivemos. Outro dia mesmo estudava sobre militares no poder, alternância forçada na política do café com leite, crises e mais crises na tentativa de se restabelecer uma nova forma de democracia. Agora, agora mesmo, podemos ver coisas até então inimagináveis, como população indo às ruas pedindo impeachment, operário na presidência e, para surpresa (agradável para uns, nem tanto para outros) geral, vem aí uma mulher que comandará as políticas no Brasil até, no mínimo, 2014.
O Brasil passa por um período de transformação que ficará marcado; escreve, lentamente, as linhas da nova história, que nossos netos apenas terão acesso pelas fontes de informação, terão acesso às mudanças, sentirão os reflexos, positivos ou negativos, desse período no qual vivemos atualmente. É meio assustador pensar que estamos no centro do furacão, que somos testemunhas de fatos que serão registrados nos livros de História.
A questão central desse texto é falar, superficialmente, sobre a luta pela liberdade. Durante a campanha eleitoral recebi diversos emails falando sobre o passado de Dilma Rousseff, sobre como ela lutou, literalmente, contra a opressão. O conteúdo dessas mensagens era para desabonar o passado da candidata, tentando mostrar um lado criminoso, mostrar atitudes que foram alcunhadas até mesmo de terroristas pelos autores das mensagens.
Não entrarei nos méritos e nem mesmo pesquisei sobre a veracidade dessas informações, até porque muita coisa foi perdida e outro tanto está sem acesso. Criar boatos em cima de suposições é fácil, mas faz com que nos tornemos críticos sem fundamento, faz com que formemos falsas verdades, que se espalham com velocidade incontrolável através da internet.
A motivação que inspira essa linhas é ver o quanto se briga por liberdade. Muitas pessoas vivem oprimidas, com medo de tomarem atitudes, deixam de lado coisas que dão prazer por motivos os mais diversos possíveis, muitos beirando, até mesmo, certa banalidade. Alguns deixam de fazer o que gostam pelo simples fato de que outras pessoas falarão dela. Vivem em função do que o outro pensa, do que o outro irá achar, apesar de, na realidade, nem ao menos ter conhecimento de como aquela outra pessoa realmente encara determinado assunto, apesar de isso ser irrelevante.
Ser livre é fazer o que dá vontade, desde que não prejudique o outro. Liberdade é buscar a fonte de prazer, é estar no momento certo, com as pessoas certas, certas para você, obviamente. Liberdade é viver aquele dia, é aproveitar ao máximo todos os momentos, acreditar que nossa passagem aqui é breve, que um dia perdido não volta mais, que as escolhas baseadas em opiniões alheias geralmente são cerceadas da plenitude da alegria.
A crítica que foi feita é que Dilma teve que recorrer às armas naquele período. E você, caro amigo, também não recorreria, caso tivesse sua liberdade ameaçada por pensamentos autoritários, ditatoriais, impeditivos? Hoje em dia é muito fácil criticar, já que vivemos em uma democracia, em um país onde as escolhas são, até certo modo, respeitadas. Mas e antigamente? Imagine-se tendo como um colega de classe alguém infiltrado, um agente do governo que está ali apenas para ver quem não concorda com o regime, delatar e fazer o coitado sofrer as barbáries que já conhecemos.
Quem não pegaria, se preciso fosse, em armas, lutando para que isso fosse interrompido? Talvez aquelas mesmas pessoas que hoje são omissas a casos de corrupção, que aceitam as coisas como elas são, que deixam os outros fazerem o trabalho por elas. Esse tipo de pessoa é exatamente quem critica os que vão à luta, que correm atrás de benefícios não somente próprios, mas em prol da coletividade. Ser livre é ter opção de poder pensar, mas, sobretudo, é, me desculpando pela contraditoriedade dos vocábulos, ter a obrigação de pensar, no sentido de refletir e agir em prol dessa mesma liberdade.
É isso.
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Partir
Se eu partir, saiba que fui feliz
Se eu partir, saiba que vivi o que quis
Se eu partir, acredite, em parte, o que falam de mim
Partindo, deixo aqui uma marca, que ainda não sei qual
.
Pouco ou muito tempo? Não sei
Talvez o tempo suficiente para conviver, para viver
Vou. Sem mágoas, sem rancores
Vou. Pedindo desculpas por erros
Vou. Pedindo reconhecimento pelos acertos
.
Ei, ainda está aí?
Não sei ainda para onde vou
Será que te vejo lá?
Será que lembrará de mim?
Até quando? Quanto? Como?
Ficam as boas lembranças,
os bons momentos,
aquele dia inesquecível,
aquela foto engraçada,
aquele olhar penetrante
.
E o tempo vai também
Com ele, os pensamentos, os sentimentos,
tornam-se poucos, raros, esporádicos
Daquele que um dia te fez feliz
E que agora, partiu