Algumas considerações iniciais

Tentarei manter uma regularidade nas postagens, mas não combinarei prazos. Por ser uma das válvulas de escapes utilizadas por mim, deixarei que este blog seja alimentado de acordo com a inspiração, e não com o calendário.

Gosto dos comentários. Não são, para mim, apenas um sinal de popularidade, como a maioria dos blogs que vejo. Eles têm um significado maior, que é o de saber como as pessoas que aqui estão pensam sobre os assuntos que comento. Portanto, fique à vontade para escrever. Na medida do possível, responderei a cada um deles.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Rebobina para você ver!

E aí, vai fazer o que agora? Quantas e quantas vezes não nos pegamos pensando assim, tendo que tomar uma posição em frações de segundos, decisões que poderão repercutir por muito tempo em nossas vidas. É assim, caro amigo, que vamos formando as pequenas histórias que, ao final, formarão a nossa novela completa. Essa possibilidade de escolher em qual linha percorrer, de criar uma espécie de um fluxograma infinito, é que torna a vida mais prazerosa, nos motiva a buscar sempre o melhor.

Muitas dessas decisões não têm volta, é preciso entender que a vida, a partir daquele ponto, seguirá em caminho diferente, que outras pessoas virão, outras ideias, abrindo campo para novas decisões. Mas e daí, não é sempre assim? Talvez. A ruptura de uma escolha não precisa ser, necessariamente, abrupta. Um caminho mais provável que minimize traumas é tentar criar uma zona de transição, uma possibilidade de retorno caso as coisas não dêem certo.

Obviamente que há situações que exigem uma conversão total de sentidos, sem qualquer chance de se pensar em ficar no meio termo. Essas situações são, sobretudo, aquelas que se arrastam por um longo tempo, que ficam nos perturbando por extensos períodos, exigindo, assim, uma decisão mais firme, ruptura para o renascimento. É difícil detalhar quando agir dessa forma, mas é importante pensar que esse tipo de atitude é importante, ou melhor, fundamental para que possamos viver a nossa vida, largar rancores e deixar o passado no lugar que ele merece, ou seja, no próprio passado.

Há um velho ditado popular que fala que Deus dá o frio conforme o cobertor. Discordo quando se atribui a um Deus as mazelas sofridas. Mas esse ditame possui um outro significado, mais interessante, que é o de dizer que as coisas sofridas são suportáveis, não são mais do que podemos aguentar. A única diferença é que para saber o quanto você suporta, ou o quanto suportaria, só há um modo: vivenciando a situação. Aí, caro amigo, fica ruim, ninguém quer fazer esse teste para saber.

Estar no lado bom da situação querendo apenas enxergar o outro lado para ver se vale a pena seria cômodo demais. Quem não gostaria de fazer um test drive para qualquer tipo de coisa? Você vai lá, vive aquele momento, observa como as pessoas a sua volta irão reagir e se a coisa ficar feia, volta pro status quo anterior e tudo fica lindo. Utopia quem pensa que pode reverter qualquer coisa, que pode, com palavras ou atitudes, devolver a consideração que as pessoas tinham antes da mudança. Não muda. Minimizar um impacto causado não é sinônimo de retorno ao passado, ao jeito que era antes.

Esse pequeno texto estava guardado há certo tempo aqui no computador. Ficou por aqui, esperando uma finalização, alguma melhora. Acredito que não consegui nem um nem outro, mas é melhor ele ir ocupar um lugarzinho entre os outros do que ficar aqui escondido, intocável. Geralmente é assim, vem uma fase de maior intensidade na escrita, depois isso passa, dando lugar a textos monótonos e/ou repetitivos, após outra fase vem... e assim vai... ainda bem que meus poucos, mas queridos leitores, são pacientes e sempre aparecem.
.
É isso.

4 comentários:

Tiburciana disse...

NOSSA AGORA NA QUALIDADE DE FÃ NUMERO UM ME SENTI.
aFINAL EU JA TINHA LIDO ESSE ANES DE SER PUBLICADO E SE NÃO ME ENGANO ESTAVA TE FAZENDO COMPANIA (VIRTUAL ) .
BJOS SAUDADES MEU LINDO CHEIROSO E GOSTOSOS ESCRITOR

M.enal.i disse...

Estamos sempre tendo que escolher, faz parte! Mas quando agimos com o coração fica tudo bem! O que não dá é pra viver em dois lados, viver mais ou menos, viver sentindo uma coisa ruim, não dá. Temos de ser mais incisivos, nem toda escolha é 100% proveitosa, vc perde coisas pra ganhar outras...e aprender com isso é o que levamos de mais precioso.Dá sim pra se fazer um período de transição, mas ele tbm tem fim!


Um BeiOo ***

3 de junho de 2010 09:56

Mulher na Polícia disse...

Olá, sumidão...

De fato... senti falta dos seus textos. Até pensei que não irias mais voltar.

Decisões precisam ser tomadas com cautela. Não é à toa que Benjamim Franklin dizia:

"Toma conselhos com o vinho, mas toma decisões com a água".

Mas é muito difícil encontrar alguém sempre coerente com seus pensamentos e decisões morais, não acha? E o mundo exige que a gente toma várias decisões todos os dias sobre a melhor forma de se ser.

Tanto é que comentar aqui é uma decisão que cabe só a mim. Decidi fazer isso.
: )

Beijo!

A DAMA DE NEGRO disse...

Ah, meu bem. está certíssimo. Adorei as considerações sobre os "testes da vida". Bem, eu agora estou prestes a embarcar em um desses e seu texto tocou no ponto exato.
obrigada!