A vida muda
Os poemas acompanham
Mas não se iluda
Com as leituras que estranham
Se o teor mudou
Pobre do poeta
Que não busca bem no fundo
Aquela escrita certa
Que tenta num torto traço
Realinhar os sentidos
Desfazer os embaraços
Mas ainda há de estar
Tudo que viveu permanece
E embora sejam frases secas
O passado não se esquece
Adormece, é um fato
Num cochilo, eu reato
No acaso que sucede
Eis que acorda, ingrato
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