Sou dono do meu coração
E quem não é?
E quem acha que é?
Coração, terra fértil, terra boba
Ora plantam, ora pisam
E “em se plantando, tudo dá”
Bicho bobo, puxa sangue
Enche o peito, esvazia a mente
Deixa a gente doente
Seu rumo, sem prumo, sem chão
Tudo isso por causa desse nobre coração
Calma! Sossegue! Se aquiete!
Deixa pensar, racionar
Ocupe somente o peito, lhe peço
Cumpra bem sua função, tum tum
Bombeie, de novo, de novo
Esqueça aquilo, esqueça aquela
Que pintei como fosse aquarela
Numa singularidade singela
Numa pluralidade Mandela
E que irei refazer
Sem sua ajuda, dispenso
Coração curioso, pretenso
Bata aí, faça o seu
Que aqui é coração meu
Comando, desmando, indico
E, se decido, prevarico
Mas assumo, suporto, enfrento
Coração é duro, é bomba, só isso
Não cabe, ali, meu sentimento
Thiaguinho - Fotos Antigas
Um comentário:
Os poemas são magníficos!Estou encantada poeta.
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