Na rampa a decadência
Enquanto sobe, consciência
Sacrifico a minha vida
Minimizo a indecência
Se antes o todo, no poder
Agora a quem vou recorrer?
Se antes me solidarizo
Agora só eu agonizo
Por onde estão, grandes amigos?
Ajudei tanto com inimigos
Por ora sei que vai doer
Mas sei a quem vou chamar
Buscar em mim a redenção
Com ares de ostentação
Com vários toques de crueldade
Lembrar de tudo, sagacidade
Enquanto dormem vou maquinando
Enquanto esquecem vou me lembrando
E vai doer, pode apostar
E o mal de mim hei de afastar
Com a certeza da impunidade
E com requintes de maldade
Vou ver sangrar, desfalecer
E é assim que há de ser
Mexeu com o tal cara errado
Que sabe ser dissimulado
Que sabe amar, bater, sofrer
E está em mim, nele e em você
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