Algumas considerações iniciais

Tentarei manter uma regularidade nas postagens, mas não combinarei prazos. Por ser uma das válvulas de escapes utilizadas por mim, deixarei que este blog seja alimentado de acordo com a inspiração, e não com o calendário.

Gosto dos comentários. Não são, para mim, apenas um sinal de popularidade, como a maioria dos blogs que vejo. Eles têm um significado maior, que é o de saber como as pessoas que aqui estão pensam sobre os assuntos que comento. Portanto, fique à vontade para escrever. Na medida do possível, responderei a cada um deles.

domingo, 12 de junho de 2011

AMOR INCONDICIONAL


“Um cachorro não precisa de carrões, de casas grandes, ou roupas de marca, um graveto esta ótimo pra ele. Um cachorro não se importa se você é rico ou pobre, inteligente ou idiota, esperto ou burro, dê seu coração pra ele e ele lhe dará o dele. De quantas pessoas você pode falar isso? Quantas pessoas fazem você se sentir raro, puro e especial? Quantas pessoas fazem você se sentir... extraordinário?”

São com estas palavras, ditas no excepcional filme “Marley & Eu”, que inicio mais uma conversa. Ter um cachorro próximo é uma experiência que todos deveriam viver. Apesar de saber que não é uma verdade, tento crer que existem apenas duas categorias de pessoas: as que amam os cachorros e as que ainda não os conhecem a ponto de desenvolver este sentimento.

Quem tem ou teve este prazer de compartilhar parte da vida com um cão, vai compreender perfeitamente as linhas que se seguem. Somente quem conhece sabe ver nos olhos daquele animalzinho o tanto de amor que ele sente por seus donos, o sentimento de proteção que ele desenvolve, a necessidade de dar e receber afeto pelo maior tempo possível. É a essência do amor puro, incondicional, sem desejo de algo em troca.

É somente nesta relação que você observa todos os fundamentos pregados por muito aí, fundamentos que as pessoas deveriam seguir, mas não conseguem por motivos diversos, que já estão impregnados na nossa alma. Os humanos jamais atingirão o patamar da pureza dos cães. Ali você enxerga o perdão verdadeiro, reconhece a alegria por sua presença.

Quem você conhece que te admira o tempo todo? Que tenta quebrar as barreiras da comunicação para tentar te entender? Que arrisca a vida para te defender de situações perigosas? De onde acha que nasceu o conceito de lealdade? Veio dali, caro amigo, da relação que o cão tem com seu dono, isso sim é fidelidade, é respeito, é carinho.

Não passe desta vida sem uma experiência assim. Quando der, adote um cachorrinho, traga para seu cotidiano um amigo de verdade. Funciona de maneira oposta aos relacionamentos entre humanos. Geralmente a gente começa bem e vai conhecendo os defeitos, vai se decepcionando. Já com os cães é ao contrário. No início pode ser um pouco difícil, a adaptação tem problemas, mas com o tempo você verá que suas apostas não foram em vão, que sua vida foi pequena até o momento em que você se deixou levar por uma das experiências mais emocionantes de sua vida.

É isso.

Obs: Além do "Marley & Eu', recomendo também outro filme chamado "Sempre ao seu lado", com Richard Gere. Este texto é em homenagem a Cely, uma das coisas mais lindas que já ocorreram em minha vida.Na foto aí ela aparece com sua nova amiga, Laurinha (clone do cachorro dos Simpsons), sobrevivente da tragédia na região serrana do Rio.

terça-feira, 7 de junho de 2011

VITALÍCIO

Estar em um lugar que te faz bem, encontrar pessoas que iluminam sua alma, viver aquilo que realmente deseja para aquele momento. Eu disse algo de errado? Algo fora da lei? Claro que não. O que há de errado nisso? Nada, absolutamente nada. Mas vá tentar fazer isso quando deseja para ver o que acontece. Muitas pessoas não entendem, te criticam, te julgam por atitudes que nem sempre você vai ter.

Como pesar suas atitudes na balança da moral? Ou na balança do bom senso? É possível realmente fazer isso? Não sei, é plausível pensar que as coisas que te agradam vão ser sempre julgadas? E até que ponto você vai suportar críticas e desconfianças cada vez que resolve o seu destino, que decide o que você quer?

Por que as pessoas se preocupam mais em olhar para a vida de outras pessoas? Será esta a explicação do sucesso dos big brother`s (pode escrever esta palavra assim?) da vida? Olhar para os problemas alheios minimiza os nossos? Por alguns instantes até pode parecer que sim, mas no fundo as coisas andam de maneiras bem diferentes. Procurar diminuir as coisas que nos afligem apenas buscando problemas maiores na vida de outras pessoas é atitude patética, mesquinha, de gente que se faz parecer viver em um patamar mais alto que os demais.

Mundinho pequeno, tempo de vida ainda menor, e quais as razões para se limitar desta forma? Respeite as outras pessoas, não invada o espaço que traga desconforto a elas, mas não se imponha barreiras sem sentido, barreiras criadas pela inveja, pela mediocridade alheia. Deixar de fazer coisas que te agradam, coisas que te deixam mais leve, que te dão a sensação de que valeu a pena viver naquele dia, que valeu a pena optar por estar ali, apenas por receio, medo, vergonha, vai fazer você viver uma meia vida, viver menos do que poderia.

Não pode ser chamado de anarquia. Deve ser chamado de felicidade. Precisa ser encarado como meta de alegria, foco em viver, na essência de sentido desta palavra. Cada momento encarado como único, de verdade, sem demagogia. Extraia algo de bom em tudo que viver, pense nas experiências, em quanto aprendeu, em quais sentimentos trocou, no quanto agradou e foi agradado. Encarar os dias assim é a maneira menos traumática de passarmos este pequenos estágio chamado vida.

É isso.