“Um cachorro não precisa de carrões, de casas grandes, ou roupas de marca, um graveto esta ótimo pra ele. Um cachorro não se importa se você é rico ou pobre, inteligente ou idiota, esperto ou burro, dê seu coração pra ele e ele lhe dará o dele. De quantas pessoas você pode falar isso? Quantas pessoas fazem você se sentir raro, puro e especial? Quantas pessoas fazem você se sentir... extraordinário?”
São com estas palavras, ditas no excepcional filme “Marley & Eu”, que inicio mais uma conversa. Ter um cachorro próximo é uma experiência que todos deveriam viver. Apesar de saber que não é uma verdade, tento crer que existem apenas duas categorias de pessoas: as que amam os cachorros e as que ainda não os conhecem a ponto de desenvolver este sentimento.
Quem tem ou teve este prazer de compartilhar parte da vida com um cão, vai compreender perfeitamente as linhas que se seguem. Somente quem conhece sabe ver nos olhos daquele animalzinho o tanto de amor que ele sente por seus donos, o sentimento de proteção que ele desenvolve, a necessidade de dar e receber afeto pelo maior tempo possível. É a essência do amor puro, incondicional, sem desejo de algo em troca.
É somente nesta relação que você observa todos os fundamentos pregados por muito aí, fundamentos que as pessoas deveriam seguir, mas não conseguem por motivos diversos, que já estão impregnados na nossa alma. Os humanos jamais atingirão o patamar da pureza dos cães. Ali você enxerga o perdão verdadeiro, reconhece a alegria por sua presença.
Quem você conhece que te admira o tempo todo? Que tenta quebrar as barreiras da comunicação para tentar te entender? Que arrisca a vida para te defender de situações perigosas? De onde acha que nasceu o conceito de lealdade? Veio dali, caro amigo, da relação que o cão tem com seu dono, isso sim é fidelidade, é respeito, é carinho.
Não passe desta vida sem uma experiência assim. Quando der, adote um cachorrinho, traga para seu cotidiano um amigo de verdade. Funciona de maneira oposta aos relacionamentos entre humanos. Geralmente a gente começa bem e vai conhecendo os defeitos, vai se decepcionando. Já com os cães é ao contrário. No início pode ser um pouco difícil, a adaptação tem problemas, mas com o tempo você verá que suas apostas não foram em vão, que sua vida foi pequena até o momento em que você se deixou levar por uma das experiências mais emocionantes de sua vida.
É isso.
Obs: Além do "Marley & Eu', recomendo também outro filme chamado "Sempre ao seu lado", com Richard Gere. Este texto é em homenagem a Cely, uma das coisas mais lindas que já ocorreram em minha vida.Na foto aí ela aparece com sua nova amiga, Laurinha (clone do cachorro dos Simpsons), sobrevivente da tragédia na região serrana do Rio.