Algumas considerações iniciais

Tentarei manter uma regularidade nas postagens, mas não combinarei prazos. Por ser uma das válvulas de escapes utilizadas por mim, deixarei que este blog seja alimentado de acordo com a inspiração, e não com o calendário.

Gosto dos comentários. Não são, para mim, apenas um sinal de popularidade, como a maioria dos blogs que vejo. Eles têm um significado maior, que é o de saber como as pessoas que aqui estão pensam sobre os assuntos que comento. Portanto, fique à vontade para escrever. Na medida do possível, responderei a cada um deles.

sábado, 5 de dezembro de 2009

Primeiras (e não finais) impressões

Constantemente ficamos diante dessa situação: somos apresentados a alguém e temos que, naquele curto espaço de tempo, demonstrar que somos “dignos” de interesse, que aquele desconhecido pode conversar conosco sem se arrepender. Para algumas pessoas isso é muito natural, algo quase instintivo. Para outras, entretanto, é tarefa árdua, mas que pode ser minimizada se houver colaboração da outra parte.

É natural as pessoas se conhecerem, acontece praticamente todos os dias. Somos seres movidos pela comunicação e pela necessidade de interação social. Lógico que isso varia de pessoa para pessoa, mas, no geral, é agradável conhecer pessoas novas, ficar sabendo de histórias de vidas diferentes da sua. A questão é como esse início de relacionamento acontece, se há alguma forma de torná-lo mais tranquilo, principalmente para aquelas pessoas caladas ou tímidas.

Para começar, é preciso distinguir uma pessoa calada daquela pessoa tímida, na essência da palavra. O tímido não consegue estabelecer uma relação, fica tenso quando alguém se aproxima, responde em monossílabas, respostas curtas, evitando contato visual, entre outras características. Já a pessoa calada não corresponde necessariamente a uma pessoa tímida. Vários são os fatores desse tipo de comportamento, mas creio que o mais comum é que esse tipo de pessoa prefere, ao menos num primeiro momento, ficar calada para observar o ambiente em que se encontra. Essa observação é muito importante para os calados, com ela é possível ver um pouco da personalidade dos frequentadores do local, ver com que é mais fácil estabelecer um contato inicial, entre outros fatores.

Há aquela ideia de que a primeira impressão é a que fica. Talvez isso seja verdade, mas é possível, dependendo da imagem que se tem no início, alterar essa impressão inicial. Lógico que um contato inicial muito traumático, com uma pessoa grossa, arrogante ou extremamente inconveniente, por exemplo, dificilmente terá a imagem alterada. Em outros casos, principalmente quando se tem contato com alguém que inicialmente lhe parece desinteressante, fútil, sem uma conversa atraente, há possibilidade de se reverter essa imagem, bastando, para isso, que se dê uma chance para essa pessoa.

E qual tipo de chance? Simples! Puxe conversa, tente entender um pouco mais aquela pessoa que está contigo, coloque na conversa assuntos que mexam com a atenção dela, enfim, dê um pouco de atenção que a coisa anda, você se surpreenderá com o que aquele desconhecido “chatinho” pode oferecer. Mais do que uma simples conversa agradável, esse inicio de relação pode se transformar em uma amizade sólida, com uma atenção que você talvez não tenha daquela pessoa que inicia um relacionamento em segundos.

Talvez o caminho mais fácil, e ao mesmo tempo mais difícil, seja nos livrarmos de qualquer espécie de preconceito. O famoso “não fui com a cara” significa que não demos a chance sequer daquela pessoa se apresentar, de conhecer o mínimo de sua personalidade. O fato de a ignorarmos, sob o argumento de que a outra pessoa se mostrou desinteressada, não quis muito papo, não serve e não deve ser usado nessa situação. Dê mais atenção àqueles que estão a sua volta, pense que pode haver uma pessoa interessada em conversar contigo, escutar seus problemas, compartilhar experiências, enfim, alguém que, após se estabelecer confiança, vai ser sempre um ombro amigo pronto para te ajudar.

É isso.

5 comentários:

Amadeu Paes disse...

Ok Vitão, já coloquei teu link e já sou seu seguidor, fico no aguardo.

Abç.

Mulher na Polícia disse...

Então vamos ver no que é que isso vai dar, né Vitor?

Tô na mesma situação que vc.

Abraço!

Novinha

Victor Rosa disse...

Olá "Novinha"

Obrigado pela participação aqui no blog e parabéns pela criação do blog "Mulher na Polícia". Muito interessante, com textos bem escritos e que nos fazem pensar os papéis dentro dessa instituição.

Espero mais visitas suas e quero que saiba que a partir de agora você arrumou um leitor favorito....

bjos!

Mulher na Polícia disse...

Vitão,

Eu que agradeço a calorosa acolhida.

Já que vc tocou neste assunto, qual é ou seria a sua primeira impressão se ao conversar com uma menina, ela de repente te conta que é policial?

Sinceridade hein...

Victor Rosa disse...

Mulher na Polícia,

Bom, eu sou meio suspeito para falar, porque gosto dessa profissão, né?

Falando como um cara comum, acho que assusta um pouco quando a mulher fala que é da polícia. Assusta, mas ao mesmo tempo fascina, já que a mulher na polícia demonstra ser uma mulher forte, decidida. Não sei se daria certo eu com uma mulher policial... dizem, nas academias por aí, que homem de fora não aguenta mulher na polícia por muito tempo não. Geralmente os casais se formam mesmo dentro da instituição....

Não sei se te respondi... se não ficou muito claro, só falar que tento falar mais sobre isso...

Beijos!