Algumas considerações iniciais

Tentarei manter uma regularidade nas postagens, mas não combinarei prazos. Por ser uma das válvulas de escapes utilizadas por mim, deixarei que este blog seja alimentado de acordo com a inspiração, e não com o calendário.

Gosto dos comentários. Não são, para mim, apenas um sinal de popularidade, como a maioria dos blogs que vejo. Eles têm um significado maior, que é o de saber como as pessoas que aqui estão pensam sobre os assuntos que comento. Portanto, fique à vontade para escrever. Na medida do possível, responderei a cada um deles.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Reagindo

É engraçado como as pessoas reagem de forma tão diferente quando se veem diante de um conflito. As reações são inesperadas e por mais que pensemos que vamos controlar, só é possível saber qual seu perfil quando a situação realmente acontece. Podemos até prever um pouco, já que a reação tem relação com a personalidade. Mas em um conflito o nível de adrenalina aumenta, ficamos estressados e reagimos, podendo parecer, quando a cabeça esfriar, que não foi um de nós que fizemos aquilo.

Há diversas formas de se encarar um conflito. Segundo a doutrina que estuda a mediação de conflitos, as soluções mais usadas são o enfrentamento (verbal ou físico), a resolução (ou, ao menos, a tentativa) ou se ignora o problema. Cada uma dessas alternativas traz vantagens e desvantagens e são usadas de acordo com o perfil da pessoa e da real necessidade de determinando conflito ser solucionado.

Particularmente, opto pela opção de ignorar. Sei que não é a melhor, mas com ela evitam-se brigas, discussões, embates. Lógico que não vai resolver o problema, mas pelo menos outros não são criados. A grande desvantagem dessa opção acontece quando a outra parte envolvida também ignora. Isso cria um círculo vicioso e a coisa não anda, o problema não é resolvido e a relação, que antes era excelente, torna-se insuportável.

Tem gente que opta pelo enfrentamento. Ainda me assusto quando vejo essas pessoas buscando resolver os problemas dessa forma. Uma amiga, para resolver uma questão com um rapazinho pra lá de mentiroso, procurou o endereço da namorada atual do cara e foi lá falar, na frente da moça, inclusive, algumas verdades, desmascarando muitas mentiras que ele contava para ambas. Para piorar um pouquinho, essa minha amiga não tem, ao menos aparentemente, esse tipo de perfil. Ficou aí um bom exemplo de como a gente não sabe exatamente que tipo de atitude que vamos tomar quando tivermos que agir.

Não há uma receita de bolo para se resolver problemas. Cada um anseia uma reação diferente e cabe a nós decidirmos qual tipo de resolução daremos àquele caso. Fato é que nossa opção terá reflexo na posição da outra parte e, dependendo do que a gente escolher, pode magoar e piorar ainda mais as coisas. Vivemos numa cultura de não tolerar os erros alheios e temos muita dificuldade em aceitar que erramos. Pedir desculpas é algo raro hoje em dia. Buscar o diálogo, o entendimento, é tarefa que não é mais realizada. Perdem-se boas amizades por conta de fatos que nem ao menos sabemos do que se trata. Nem mesmo a causa do conflito é esclarecida, dificultando, para não dizer impossibilitando, qualquer tipo de acordo. O primeiro passo é saber onde você errou, o que fez para magoar a outra parte.

O ideal é que não houvesse desentendimentos, mas eles estão aí e precisam ser enfrentados. Buscar o diálogo é sempre a melhor opção, mas não é a única alternativa. Não ser rude e ter humildade são requisitos fundamentais para início de conversa. Aceitar que errou é importante. Pedir desculpas não dói. Ceder em alguma coisa é necessário. A grande questão é colocar em prática essas atitudes, mas o exercício deve ser diário e não podemos esmorecer... uma hora a gente evolui!
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É isso.

2 comentários:

Mulher na Polícia disse...

Controle emocional... se adquire.
Sabia??? E é bem explorado em determinados cursos na polícia, forças armadas, etc.

Mas eu estou no nível "jardim de infância" nessa matéria.

Um beijo!

Victor Rosa disse...

POis é novinha...

Ë possível adquirir controle emocional sim... mas acho que nos cursos policiais a gente aprende a ter controle nas situações de rua, no estresse da profissão. O problema é levar isso para a vida pessoal. Conheço muitas pessoas que são soberanas no controle emocional dentro do campo profissional, mas que não seguram a onda quando se trata do lado pessoal, particular.

O ideal é que todo o dia a gente tente melhorar esse controle, pensando, refletindo, ponderando. Nem tanto ao mar, nem tanto à terra... bom senso sempre!

Beijos!