Busca incessante do que não se
sabe bem ao certo do que se trata. Olhar para um futuro incerto, sombrio em
alguns instantes, mas inquietante. Um forte desejo de mudar, sabe-se lá para
onde, sabe-se lá quando, sabe-se lá com quem. Mudanças que motivam, que
completam, mudanças necessárias para levantar a poeira criada pelo marasmo da
rotina.
Algumas pessoas se confortam com
o de sempre, com o mesmo, com o atual e imutável. Outras precisam de desafios de
tempos em tempos, precisam conhecer coisas diferentes, precisam ter contato com
realidades até então inimagináveis, mas que, por destino, por insistência,
tanto faz, acabam se tornando a própria realidade, elevada a um status tal que
a pessoa, vivenciando tudo aquilo, não consegue compreender como conseguiu
viver tanto tempo de outra forma. E o
pior: isso passa. Passa e vira apenas mais um momento de vida, sem grandes
méritos, abafado pelo êxtase da próxima novidade.
Talvez sejam pessoas difíceis de
serem compreendidas. Quem é doido de largar um emprego daqueles? Aquele cara é
maluco de deixar tudo e ir atrás de um sonho que nem ao menos era o projeto de
vida dele há alguns anos? Ei menina, se aquiete, não dê um passo maior do que
as pernas! Quem bate de frente e faz, é visto como inconsequente, como
irracional. Quem se submete às criticas e fica inerte, fica bem com o povo, mas
mal consigo mesmo.
Nada de errado em querer ser
feliz. Desde que não prejudique outras pessoas, que não faça algo sem pé nem
cabeça, tudo certo. Correr atrás do que dá prazer, ainda que seja temporário, é
saudável para o corpo, para a alma. Se for sua vontade, vá e faça, assumindo
sempre as consequências, caso não seja exatamente o que você pensou. E ainda
que estiver ruim, que não estiver sendo o que você pensou, hora de ligar o
radar novamente e pensar o que pode fazer para melhorar, hora de agir, reagir.
É isso.