Muitas vezes queremos expressar algum sentimento, alguma opinião em relação a determinados assuntos. A possibilidade de escrever e montar um registro público destas manifestações me agrada. Farei aqui um espaço para falar, conversar, debater, me expressar.
Algumas considerações iniciais
Tentarei manter uma regularidade nas postagens, mas não combinarei prazos. Por ser uma das válvulas de escapes utilizadas por mim, deixarei que este blog seja alimentado de acordo com a inspiração, e não com o calendário.
Gosto dos comentários. Não são, para mim, apenas um sinal de popularidade, como a maioria dos blogs que vejo. Eles têm um significado maior, que é o de saber como as pessoas que aqui estão pensam sobre os assuntos que comento. Portanto, fique à vontade para escrever. Na medida do possível, responderei a cada um deles.
As coisas acontecendo e você aí,
parado, com tantas possibilidades e ao mesmo tempo nenhuma opção. Um silêncio
que interrompe pensamentos, um vazio que não se sabe como preencher. Companhias
que não representam o querer, presenças que não afastam a solidão. E o tempo,
cruel por essência, castigando ainda mais a alma, produzindo o tal passado,
tão perto e ao mesmo tempo tão longe, intocável, imutável, reflexo das opções e
da falta delas, reflexo de decisões, das ações e omissões.
Passamos toda uma vida atrás de
uma meta que nem ao menos sabemos qual é. Buscamos um ideal de felicidade que
supostamente nos faria bem, que nos completaria. Idealizamos uma situação que
talvez nunca chegue e, por ela não chegar de fato, passaremos nossa vida
inteira frustrados.
O som da voz já não provoca as
mesmas emoções. O pingo de água passa logo para uma tempestade. O calor natural
já não aquece como em outros tempos. Os destinos estariam se desvencilhando? Há
alguma solução, algo que possa ser feito? Ou a solução seria apenas deixar o
curso natural da vida seguir, sem procurar intervir, sem fazer força para
manter um status quo que já não mais
agrada, que não seduz, que não inspira?
E como é engraçada essa vida!
Quando tudo parece estar dentro do baú do conformismo, eis que surge uma chama,
um indício de mudança, algo que balança, que provoca reflexões. Nem sempre muda
de verdade, mas cria um pensamento crítico, um estalo que não permite o continuísmo
por si só. De pequenas em pequenas transformações vamos tocando o barco, rumo a
um destino que não sabemos qual será, mas que, presume-se, ao menos, que seja
confortável, que nos faça bem.
É isso.
Segue uma música que tem relação com o texto. Frisson, interpretada por Elba Ramalho.