Algumas considerações iniciais

Tentarei manter uma regularidade nas postagens, mas não combinarei prazos. Por ser uma das válvulas de escapes utilizadas por mim, deixarei que este blog seja alimentado de acordo com a inspiração, e não com o calendário.

Gosto dos comentários. Não são, para mim, apenas um sinal de popularidade, como a maioria dos blogs que vejo. Eles têm um significado maior, que é o de saber como as pessoas que aqui estão pensam sobre os assuntos que comento. Portanto, fique à vontade para escrever. Na medida do possível, responderei a cada um deles.

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

FALSO CONCRETO




Tudo bem, tá tudo certo
Amor de falso concreto
Deixa coração mole
Porta aberta, caminhos novos
Que esquecer é passo reto

Que siga bem, seu lado incerto
Já não te guio então
A decisão, embora firme
Te levou à solidão
Caminho em falso, assuma
Orgulho usado em vão

É possível reverter
Pouco de mim, pouco de você
Um tanto de vontade, saudade, desejo
Se fala, se encontra, revê
Para dar certo basta crer


Henrique e Juliano - Na hora da raiva

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

UÁTIS



No brilho do celular
Deixei de ver o brilho do seu olhar
Em toda indiferença demonstrada
Acabei por crer que já não sou nada
O sinal que indica nova conversa
Já vale mais que sentarmos a sós
O que se fala ao vivo não interessa
Pequena tela substituindo o nós
Responda rápido, o grupo aguarda
A notificação mal chegou
Do aparelho já não larga
Cada um no seu canto, isolou
Resolva as conversas fúteis
O importante fica para depois
Decisões que se tornam inúteis
Padrão que você impôs 


          Chico Rey e Paraná - Um Degrau Na Escada

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

ARREBATAR



Enfim criamos coragem
De hoje não vai passar
Se antes faltou iniciativa
Agora tem de sobrar

Pegou duplamente
O tal arrebatamento
Mesmo que sem intento
A desculpa que se invente

É que você é como as especiais
Rara, própria, imprópria,
Como ter e ter mais não
Juízos que jamais existirão 


Pearl Jam - Even Flow

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

SOPESAR



Agora, distante, posso observar
Onde errei, onde erramos, onde foi parar
Enfim, chegou ao fim o que não era para começar
Findou-se a última esperança de estar

O lamento pode até existir
A vontade capaz de insistir
Mas o coração há de resistir

Sopesando, foi melhor assim
O que passou, passou, ficou por lá
De verdade, seja feliz
Descubra de vez o verbo amar



Cada volta é um recomeço - Zezé di Camargo e Luciano

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

O CHORO



Meu choro é em silêncio
Minha mágoa bem de dentro
Ninguém sabe, ninguém sente
Ignoram, desconhecem, mas ainda há
Nem por isso deixo passar
Vontades, desejos, propostas
Que chegam a atropelar
Critérios, bom senso, condutas
Mudança de personalidade
Que traz a dor, agressão, sofrimento
Traz o pior que está lá dentro
Preso por força de um sentimento
Que às vezes escapa e faz maldade
Que nunca volte, nem traga a dor
Seja encoberto pelo novo amor
Da nova chance, do renascer
Deixar o bem transparecer 


Não quero mais - Ludmilla e Belo