Algumas considerações iniciais

Tentarei manter uma regularidade nas postagens, mas não combinarei prazos. Por ser uma das válvulas de escapes utilizadas por mim, deixarei que este blog seja alimentado de acordo com a inspiração, e não com o calendário.

Gosto dos comentários. Não são, para mim, apenas um sinal de popularidade, como a maioria dos blogs que vejo. Eles têm um significado maior, que é o de saber como as pessoas que aqui estão pensam sobre os assuntos que comento. Portanto, fique à vontade para escrever. Na medida do possível, responderei a cada um deles.

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

NUNCA, JAMAIS





As lágrimas não foram em vão,
na partida, na reconciliação,
na certeza, na omissão.
A memória não se apaga mais,
nunca, nunca, jamais.

A voz está presente.
O cheiro insiste em permanecer.
Na pele o toque latente,
faz suar, estremecer.

O tempo corre sem pressa
com as voltas que o mundo dá.
A mente sempre imersa,
tentando te tirar de lá.

E a vida segue imutável,
cada um com seu cada qual,
sustentando o que é instável,
fingindo estar tudo normal.

Pensar que tudo acabou,
que tudo ficou para trás.
Achar que a vida mudou,
e em busca um pouco de paz,
esquecer que foi  forte, intenso,
nunca, nunca, jamais. 

sábado, 3 de agosto de 2013

PODER




O inconformismo talvez seja a energia do mundo. Por causa dele temos as facilidades do dia a dia que conhecemos, temos remédios, soluções para quase tudo. É absolutamente normal querer evoluir, querer conquistar, desbravar. É normal, também, se sentir frustrado quando isso não ocorre, quando a gente batalha muito e não consegue o resultado almejado.

Buscamos respostas (ou seriam desculpas?) nos pontos mais distantes, vamos procurando a culpa alheia para minimizar nossas responsabilidades. E assim seguimos, fingindo para nós mesmos que estamos nos esforçando, que estamos lutando pelas coisas que achamos corretas, quando, na verdade, continuamos com as mesmas práticas, algumas mascaradas de boas intenções, algumas com a mesma roupagem, tudo sem sair do ponto de partida.

Temos o péssimo costume de achar que o mundo conspira exatamente contra uma pessoa: eu! Tudo o que ocorre de ruim é azar, é porque foi comigo, porque se fosse com o fulano não seria assim, não tenho sorte, etc. Não, caro amigo, não há todo um sistema funcionando para vê-lo mal, pra vê-lo sofrer. Coisas ruins acontecem com todas as pessoas e não será você, infelizmente, que estará a salvo disso tudo. A parte boa é que as coisas legais também ocorrerão contigo. E a notícia bacana é que em ambos os casos a incidência de uma ou de outra, dependendo da sua atuação, terá maior ou menor grau. Sim, meu caro, você é o diretor desse filme chamado “vida”. Você ditará os rumos do roteiro e, caso assuma essa postura, conseguirá superar os pequenos deslizes que acontecem em qualquer filmagem.

Reclame menos, faça mais. Olhe para o lado e veja eu tem gente que mal tem o que comer. Veja a quantidade de pessoas que passam coisas inimagináveis e que ainda assim estão tentando melhorar um pouco a vida. Reflita que enquanto você está aí em seu computador, numa temperatura confortável, há gente que não sabe o que é comer há vários dias e que vai morrer de frio daqui a uns minutos. Que há gente que, diferente de você, gostaria muito de ler um texto, mas que não teve oportunidade de estudar.

Você tem as ferramentas. Há pessoas que trabalham ou trabalharam muito para que você chegasse aonde chegou. Pare de perder tempo com as desculpas para usar essa energia para sua evolução. Pare de deixar tudo para depois, para quando der. Enquanto você adia, alguém inevitavelmente estará na linha de frente para ser sua base. Assuma o controle da sua vida e descubra a maravilhosa sensação de pensar com a própria consciência.


É isso